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8 de setembro de 2009

Pecados sexuais: como a igreja deve encará-los?

 

pequeiEstou trazendo o assunto à tona exatamente porque o assunto é polêmico e também porque conhecemos situações que requerem, principalmente da liderança das igrejas, posicionamentos firmes, mas bíblicos, amorosos, misericordiosos...

Só para exemplificar, nós pregamos o evangelho para o pecador. Fazemos uma propaganda institucional bem feita, falamos do amor cristão, fraternal, do convívio da igreja, do primeiro amor, do perdão, da reconciliação... a pessoa crer na nossa propaganda institucional e vem para a Igreja, crendo em Jesus como seu salvador, crendo na igreja como uma agência de salvação, justa e ética.
De repente a pessoa cai, fato não comum, mas natural, haja vista só cai quem está de pé. Ai a pessoa não presta mais, é disciplinada e tem que pagar um preço. É verdade... só que, conforme veremos na postagem a seguir, nem sempre a justiça impera numa grande parte de casos. O texto abaixo foi postado por TH. M. Leonardo Gonçalves (http://www.pulpitocristao.com/)

Conforme está subentendido no título, a problemática abordada aqui não será o pecado em si, mas o modo como a igreja trata o pecador.
Nós protestantes, em teoria, repudiamos a idéia católica de pecado venial e mortal. Porém, o que é admitido na teoria é negado na prática através do exercício daquilo que convencionamos chamar de disciplina eclesiástica. Podem relutar o quanto quiserem, podem me chamar de perturbador da ordem, mas o fato é que eu não consigo ser hipócrita e nem fechar os olhos para essa verdade.

Mas a disciplina eclesiástica é bíblica, concordo, mais vamos aos pontos dos “is”. Quero apelar para o nosso senso comum e propor algumas questões. Ora, se ela é bíblica, e uma vez que o pecador precisa ser “disciplinado”, porque é que não disciplinamos todos os mentirosos, os invejosos, os soberbos, os avarentos e herejes em nossas igrejas? Porque é que suportamos pacientemente estes pecados, e condenamos a exclusão, a vergonha apenas os pecados sexuais? Acaso isso não é usar de dois pesos e duas medidas? Será que isso não significa ressucitar uma doutrina católica refutada e abandonada na época da reforma e enxertá-la no nosso meio? Somos evangélicos de alma católica?

Os fariseus de plantão que me apedrejem se quiserem, mas definitivamente não concordo com essa praxe absurda de expor a vergonha. É injusto que um casal de namorados, que confessa seu pecado com lágrima nos olhos diante do pastor, declarando-se arrependidos, sejam punidos com três meses de “disciplina”, durante a qual não podem exercer atividades na igreja, nem participar da Ceia do Senhor; enquanto os hereges televisivos, que dão veneno para as ovelhas comerem, homens rebeldes e soberbos que não têm o menor interesse em se arrepender, são tolerados nas igrejas locais e nas convenções. Que cristianismo é esse, que oprime o arrependido e faz vista grossa para o impenitente? Que igreja é essa que pune o quebrantado e tolera o rebelde incontrito? Definitivamente, algo está errado em nosso meio.
Pecados sexuais, numa escala de 0 a 10, recebem pontuação 11 nas igrejas! O caso é tão extremo que admite-se reintegrar ao ministério pastoral a um ex-ladrão, ex-caloteiro, ex-corrupto, enfim, ex-TUDO, menos um ex-adúltero, ou um ex-fornicário! Não estou defendendo direito de púlpito para A ou para B; só estou tentando te convencer de que há certos costumes que precisam ser mudados. Somos bons para exercer justiça (a nossa, obvio!), mas péssimos em misericórdia. Ah, mas o obreiro deve ser irrepreensível, você me dirá. Mas sejamos sinceros, ao menos dessa vez: Quem entre nós, membros, líderes, pastores, é irrepreensível no sentido absoluto da palavra? Ora, se apelarmos para a literalidade nesse versículo, então nem eu, nem você, nem Tomé e nem Pedro o eram! Não devemos entender essa irrepreensibilidade como uma obra acabada, e sim como uma busca constante e sincera. Do contrário, a Bíblia não fará nenhum sentido!

Como a igreja deve lidar com os pecados sexuais? A resposta é simples: Da mesma forma como Jesus os tratou. Como atuou o Mestre quando lhe trouxeram aquela mulher apanhada em adultério? Ele não deu nenhuma ordem de linchamento, antes nivelou a situação ao perguntar se havia alguém, entre aquela enfurecida turba, que jamais houvesse pecado. Ao fazê-lo, Jesus mostrou àquela multidão envaidecida e cheia de auto-justiça, que o pecado daquela mulher não era maior que os pecados deles. Logo disso, Jesus perdoou aquela mulher, brindando-lhe aceitação e amor, e em lugar da costumeira repreensão, deu-lhe um sábio e concludente conselho: vá e não peques mais.
Amado pastor: Devemos aprender com o pastor Jesus. Quando estivermos no gabinete pastoral aconselhando um caso de pecado sexual, e não soubermos como lidar com o tema, façamo-nos a seguinte pergunta: “o que faria Jesus no meu lugar?”. Será que ele disciplinaria o casal arrependido, condenando-os à pena de 3 a 6 meses de reclusão, ou será que ele, após confirmar o arrependimento de ambos, diria: “nem eu te condeno: vá e não peques mais”? Pecado sempre será pecado, e deve ser tratado como tal. Mas lembremo-nos de que, assim como há pecado, também existe perdão.

 

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8 comentários:

  1. Amados irmãos, esse tema é muito complicado, pq penso eu, posso estar errado, mas cada pastor tem um perfil, uma caracteristica disciplinar, exsitem pastores mais duros e outros mais calmos, penso que muitos tb acabam disciplinando de acordo com o grau de intimidade, sinceramente essa postagem é muito difícil de comentar, mas sim fácil de entender que o q precisamos mesmo é sermos como Jesus foi.

    Abraços e Paz de Cristo

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  2. Leandro, concordo contigo quando tu diz que é um tema complicado, mais preciso discordar em alguns pontos. Quanto ao perfil de pastor, nosso modelo tem que ser Cristo, e quanto a característica da disciplina, nosso padrão tem que ser a bíblia. Não concordo com disciplinar de acordo com o grau de intimidade também não. Ora, um irmão é melhor que outro? ou o meu pecado menor do que o do meu irmão?

    Agora num ponto tiro o chapéu para ti:
    PRECISAMOS SER COMO JESUS FOI.

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  3. Renato Jr., concordo plenamente com vc, mas isso acaba sendo uma realidade, se observamos com mais cautela podemos ver que isso acontece sim, não que essa forma que eu descrevi seja o correto e não discordo em nada com o que vc disse.

    Graça e Paz de Cristo

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  4. Acho que apontar o pecado do irmão,não deixa de ser um pecado menor ou diferente do ato pensado ou praticado em qualquer sentido,a verdade é que somos passiveis de erros,mas graças a Deus que não dependemos de um dedo humano apontado para nós para que não sejamos salvos ou perdermos a salvação,graças ao amor incondicional de Deus atraves de seu filho amado JESUS que nos foi dada a salvação e o perdão de nossos pecados.Basta conhecermos verdadeiramente a palavra de Deus para sabermos onde podemos ou não pisarmos,esse assunto abre um parecer muito amplo no qual não devemos debater mas sim avaliar nossas atitudes diante do nosso Deus todas as vezes que dobramos nossos joelhos e a elE confessarmos nossos pecados e por elE perdoados.Porque da mesma forma que medirmos seremos medidos.
    Aquele que prega tbm é pecador...e tem muitos por ai nessas condições,por isso a Biblia é clarissima como água cristalina nosso exemplo é JESUS e não o homem.Concordo com tudo isso que vc escreveu,sempre pensei assim extamente assim,e por causa disso muitos apriscos estão vazios ou com suas ovelhas doentes,magras,fracas e morrendo aos poucos(espiritualmente falando é claro).

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  5. Mano, concordo com tudo o que você escreveu e aina digo mais: a Bíblia ensina que você só deve trazer ao conhecimento da igreja se: 1)Você exorta (com amor) o irmão que está no erro(seja por furto, mentira, pecado sexual etc.) e ele não aceita(ou seja, mesmo comprovando biblicamente o pecado ele se recusa a admitir que esta errado); 2)Após a 1a tentativa ter falhado você chama outro irmão para juntos (com MUITO AMOR)falarem com o irmão que está no erro e, novamente, se ele não aceitar, aí sim entra o passo seguinte. 3)Após a 1a e 2a terem falhado, passe o caso à igreja (e a Bíblia ainda diz que só se ele ainda se recusar é que é para considerá-lo como ímpio). O texto bíblico é Mateus 18:15-17 que diz assim:

    "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;
    Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.
    E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano."

    Acho que, se irmãos são expostos publicamente mesmo após terem confessado que erraram todos os outros casos também deveriam ser apresentados diante da igreja.Porque existem "casos" e "casos"? Como diz a Escritura: "Balança enganosa é ABOMINAÇÃO ao Senhor, mas o peso justo é o seu prazer" (Provérbios 11:1).

    É isso aí irmão! Seu blog tá cada vez melhor!!

    Em Cristo Jesus,

    Werllon Marques

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  6. Excelente texto todos nós que se dizem irmãos em Cristo e amamos a Deus,deveriam ler o livro Menos Religião e Mais Jesus,pois assim muitos de nós e principalmente os lideres religiosos de muitas igrejas deixariam de serem inquiridores e inquisidores e voltariam ao verdadeiro Evangelho,que é perdoar aos pecadores e ama-los,pois Cristo deu a sua vida pelos pecadores e os lideres religiosos de hoje querem a vida dos pecadores literalmente.Um grande abraço.

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