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31 de outubro de 2010

Apóstolo Renê Terra Nova é “desmascarado” ao ensinar até mensagens subliminares a pastores para fazer fiéis votarem em Serra

 

vergonha

"Quem aqui já ganhou uma pessoa pra Jesus? Fala sério. Pelo menos uma. Ora, se a gente conseguiu tirar alguém da mão do diabo, não é possível que a Dilma seja pior do que o diabo (risos). A gente convence”. Difícil encontrar uma ocasião que mais simbolize a mistura de política e religião que tomou conta do segundo turno da eleição presidencial do que a ocorrida na quarta-feira, 21, na Comunidade Cristã El Shaddai, igreja evangélica localizada no bairro Ipiranga, na capital paulista.

A convocação urgente – endereçada em convite eletrônico a pastores batizados de “Generais de Guerra” – é um caso exemplar de como o segmento religioso entrou de corpo e alma na campanha à Presidência que termina neste domingo. Campanha que se viu, de repente, enredada em temas tabus como aborto, união civil de homossexuais, descriminalização das drogas e mostrou a força de um grupo de interesse. Dos bispos da Igreja Católica e seus panfletos distribuídos na saída das missas à mobilização dos evangélicos pela internet, os líderes religiosos tiveram o senso de oportunidade de aproveitar o momento.

É o caso de Renê Terra Nova. Apoiador de Marina Silva (PV), ele embarcou de Bíblia e notebook em seu avião – um Falcon 010, comprado no ano passado – para fazer campanha país afora para José Serra (PSDB) no segundo turno. Tomou para si a tarefa de empreender uma grande cruzada pelo tucano, como fizera para a candidata do PV.

Conhecido o resultado das urnas, no domingo, 3, Terra Nova conta que conversou com Marina Silva por telefone e, em seguida, se apresentou às hostes do PSDB. Na primeira semana do primeiro turno, teve uma reunião em Brasília com Mônica Serra, mulher do presidenciável, e com o candidato a vice da chapa, Indio da Costa. ;j “Sou um oferecido”, diz, numa declaração de desprendimento que não corresponde ao seu comportamento.

Renê Terra Nova tem um estilo personalista. No encontro em São Paulo, os pastores sob sua influência o esperaram por mais de duas horas até que ele chegasse num Toyota CR-Z, ano 2010, cercado por assessores. No local, o estande da Semente de Vida, editora que publica alguns de seus mais de 100 títulos, exibia um grande banner com a foto do líder.

Na reunião política, Renê Terra Nova ensinou diversos truques para driblar a legislação eleitoral e enviar mensagens subliminares de apoio a José Serra durante as pregações nos cultos (leia abaixo). O apóstolo ressaltou muito a importância da internet como uma “ferramenta poderosa” de persuasão fora do púlpito.

“Correio eletrônico, You Tube, Facebook, Twitter, e-mails, MSN, se vire nos 30. Começe a mandar informações”, ordenou a seus pastores, depois de se vangloriar de ter 14 mil seguidores no Twitter, mas não seguir ninguém.

Terra Nova abriu a reunião estratégica – que não escapou ao formato de culto, entremeada por orações e cânticos – dizendo que havia apenas 11 dias para fazer algo “grande”, ou seja, uma virada de José Serra sobre Dilma Rousseff .

Momentos antes, em entrevista ao Valor, ele reclamava dos institutos de pesquisas. Justamente na véspera, levantamento do Vox Populi apontava que Dilma abrira vantagem de 12 pontos. O pastor lembrava que Marina Silva havia sido vítima dos institutos no primeiro turno e que o mesmo estaria acontecendo com Serra. “É imoral, é estuprar a realidade”, vociferava.
O prognóstico poderia provocar um anticlímax no encontro. Mas Renê Terra Nova não fez por menos. Minutos depois, no discurso aos pastores, afirmaria que duas pesquisas, pela manhã, já haviam sido divulgadas e apontavam empate técnico entre Serra e Dilma. Não citou a fonte.
Com o poder da palavra e uma alta dose de marketing, Terra Nova multiplicou fiéis, aumentou seu poder econômico e, agora, afirma, pretende conquistar poder político, a partir do rebanho sob seu controle. Sua base é Manaus, onde ergueu um templo capaz de abrigar 7.500 pessoas e que custou US$ 17 milhões. É a matriz de sua denominação, o Ministério Internacional da Restauração (MIR), que tem igrejas no Rio, Natal, Porto Velho e Roraima. Ao todo, o MIR congrega pouco mais de 100 mil adeptos.

Seu poder de influência, contudo, não reside aí. Terra Nova cresceu no meio evangélico ao introduzir no Brasil uma nova forma, uma metodologia, de arrebatar fiéis. O modelo tem inspiração clara no mercado. “É marketing de rede”, assume.
A estratégia piramidal é muito semelhante à utilizada pela marca

Amway, que esteve em voga nos anos 90. Cada pessoa que entra num grupo ou “célula” de 12 discípulos tem a missão de ser um pastor/líder e formar seu próprio grupo de 12. O resultado esperado é um avanço em progressão geométrica. A primeira geração de 12 é seguida por uma segunda, de 144, que forma uma terceira, de 1.728, uma quarta de 20.736, e assim por diante. É o Modelo dos 12, ou M-12, que se inspira no número de apóstolos que seguiram Jesus e que dá origem à chamada Visão Celular, em referência ao grupo de células que se multiplicam.

Renê Terra Nova está no topo da cadeia no Brasil. Ele trouxe o modelo – que surgiu na Coreia, nos anos 50 – depois de importá-lo da Colômbia em 1998. Viajou, à época, acompanhado de outra pastora, Valnice Milhomens, tida como a maior responsável pela difusão da candidatura Marina Silva no eleitorado evangélico. Valnice, porém, preferiu a neutralidade no segundo turno.
Terra Nova diz ter 30 mil pastores sob sua influência, os quais, por sua vez, teriam sob sua cobertura 325 mil líderes de células, abrangendo ao todo 6 milhões de fiéis. É um rebanho gigantesco – próximo da maior igreja protestante no Brasil, a Assembleia de Deus, que fez 19 deputados federais entre os 64 da bancada evangélica eleita no primeiro turno. Em Manaus, porém, Renê Terra Nova não elegeu os dois candidatos a deputado que apoiava, um estadual e outro federal.

Questionado sobre a confiabilidade da estimativa de 6 milhões de fiéis que estariam sob sua influência, ele é evasivo. “Nós também temos nossos institutos de pesquisa…”, diz, sem esconder o sorriso de ironia.

Terra Nova é um nome de peso no competitivo mercado religioso. A Visão Celular lhe proporcionou expandir seu projeto, ao amealhar fiéis que não precisam abandonar as igrejas as quais costumam frequentar. As reuniões dos grupos de 12 discípulos são realizadas em residências, duram no máximo uma hora e têm como apelo a proximidade entre seus integrantes. Numa igreja grande, com 3 ou 4 mil frequentadores, por exemplo, dificilmente um pastor tem condições de saber ou tempo para confortar alguém, individualmente, caso esteja passando por um grave problema, como a morte de um parente.

A Visão Celular de Renê Terra Nova tenta se aproveitar desse dilema entre quantidade e qualidade. E fornece a uma gama difusa de pastores independentes – que abriram suas próprias igrejas – um corpo de ideias coeso e uma metodologia para expansão. Tal qual uma franquia.
A comparação com empresas não é descabida. Para que a multiplicação das células se dê, os fiéis são incentivados a ser pró-ativos. Por nove meses, frequentam uma “escola de líderes”. Em um ano e meio, estão autorizados a empreender e abrir seu próprio grupo. Por experiência, a melhor forma de a célula ir adiante é que seja formada metade por homens e metade por mulheres. O modelo é uma radicalização da teologia da prosperidade, que move a maioria das denominações evangélicas neopentecostais. Incentiva que o fiel seja ele mesmo um empresário da fé e não só um beneficiário de práticas aprendidas na igreja e voltadas para sua ascensão social.

A ideia de prosperidade está tão entranhada que, em discurso que antecedeu ao de Renê Terra Nova, uma de suas discípulas, Nídia Sá, precisou ressaltar a importância da política não como meio para se ganhar dinheiro, mas por se tratar de uma questão ideológica, para preservar uma sociedade com princípios cristãos. Nídia, ao falar do púlpito, era o símbolo de como a política e religião se casaram nesta eleição. À frente dos mais de 100 pastores, seu notebook trazia um adesivo escrito “Serra 45″.

O projeto de poder político é visto como uma consequência inevitável da autonomia econômica. “Queremos governar. Cansamos de ser cauda”, diz Renê Terra Nova, ao afirmar que o resultado surpreendente de Marina Silva mostrou a força do segmento evangélico. A onda verde, para ele, foi, essencialmente, uma onda cristã, de apoio à candidata do PV, embora Marina não tenha enfatizado o fato de ser evangélica.

Terra Nova conta que, no início, era muito crítico do mundo da política, mas que chegou à conclusão de que não é possível ficar à margem. Tanto que criou o chamado Governo dos Justos, que admite ser o braço político de sua organização. A intensa participação na campanha de José Serra é um sinal dos novos tempos. Outro é a expansão midiática.

“Decidi agora ir para a TV. Vou dar as caras daqui para frente. Preciso aparecer mais”, diz o pastor, em referência a negociações para ter um programa na televisão e à entrevista que concedia, que chamou de “milagre”, pois recusara pedidos de vários jornais e revistas nacionais de grande circulação. O que não deixa de ser outra estratégia de marketing. Nos cultos, vale até trocar monte por serra.

“Explique porque Serra, mas explique também porque não o outro lado (…) ‘Ah, pastor, eu não sei como fazer’. Sabe sim, porque sabe tirar dízimos e ofertas”.

A frase do apóstolo Renê Terra Nova mostra até que ponto vai seu empenho em conquistar votos para o tucano José Serra. Diante de mais de 100 pastores, Terra Nova ensinou como fazer campanha do púlpito, sem ser enquadrado na legislação eleitoral.

“É proibido na hora do culto. Você sabia disso. Pode ser enquadrado em crime eleitoral pelo TRE. Mas você pode fazer o que eu faço na igreja”, disse, ao iniciar a reunião estratégica em que deu dicas de como transmitir mensagens subliminares aos fiéis.

Terra Nova explicou que eles poderiam, por exemplo, mencionar uma passagem da Bíblia que remetesse ao número de José Serra. “Eu digo, olha, irmãos, eu vou ler Isaías [capítulo] 45 e eu descobri um versículo que fala sobre serra”, orientava. Sem problema se a passagem em questão não se referir a uma serra propriamente dita.

“Deus diz que gosta que seus filhos estejam num lugar alto e subam a sua serra. O nome lá é monte. Mas eu ponho o nome que eu quero (risos na plateia). A tradução é minha. A hermenêutica é da Bíblia, mas a exegese é minha”, disse.

Terra Nova recomendou aos pastores que eles poderiam fazer como ele, que citou num culto a realização de um congresso da Visão Celular na cidade de Serra, no Espírito Santo.

“Eu estou blefando? É mentira que Serra fica no Espírito Santo? E eu digo que, no próximo ano, o congresso será em Serra, e que de Vitória (olha a vitória, olha a vitória, olha a vitória…) para Serra… 45 quilômetros, 45 Serra, 45 Vitória. Eu quero ver o TRE me julgar por isso. Não julga, não”, disse.

Serra fica no Espírito Santo. Mas, pelo Google Map, a distância para Vitória é de 28 quilômetros. Renê Terra Nova ressaltou que os pastores deveriam abusar da internet, mas sem vulgaridade, com informações verdadeiras. Em seguida, porém, apontou como fato mensagem que circulou pela internet segundo a qual Dilma Rousseff não poderia entrar nos Estados Unidos e mais 11 países.

Nos cultos, a recomendação foi de agir com inteligência. Terra Nova contou que não “é confortável” ser chamado pela Polícia Federal, como ocorreu com ele, três vezes este ano, para responder a inquérito por “problema político”.


Fonte: Valor Econômico / Gospel+ - Divulgação: Blog Renato Jr.

A apologética tucana do "paipóstolo"

No seu twitter ungido, o brilhante exegeta e autointitulado "paipóstolo" Renê Terra Nova continua causando urticárias com sua tentativa neomessiânica de interpretação novidadeira (e confusão) bíblica. O "profeta" manauara só esqueceu de combinar com o deputado federal José Mentor (PT-SP) a mistura explosiva com seu homônimo Serra:

Divulgação: Blog Renato Jr.

Evangelize! Envie Bíblias para a China.

 

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29 de outubro de 2010

Bíblia! Imbatível! 6 Bilhões de cópias vendidas…

Hoje comemora-se o dia internacional do Livro, e a bíblia continua sendo a líder absoluta dos livros mais vendidos no mundo, isso é claro sem contar as bíblias que não contabilizadas, que são feitas especificamente para doação. Veja abaixo a lista dos livros mais vendidos no mundo:

 

Bíblia

 

Título / Autor

Cópias vendidas

1. A Bíblia
6 bilhões        

2. O Livro Vermelho (Quotations from Chairman Mao Zedong) -  Mao Zedong
900 milhões   

3. O Alcorão (The Qur'an)
800 milhões

4. Xinhua Zidian (dicionário chinês)
400  milhões

5. O Livro de Mórmon (The Book of Mormon) -  Joseph Smith Jr.
120 milhões

6. Harry Potter e a Pedra Filosofal - J. K. Rowling
107 milhões

7. E Não Sobrou Nenhum (And Then There Were None) - Agatha Christie
100 milhões

8. O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings) - J.R.R. Tolkien
100 milhões

9. Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince) - J. K. Rowling
65 milhões

10. O Código Da Vinci (The Da Vinci Code) - Dan Brown
65 milhões

11. Harry Potter e a Câmara Secreta(Harry Potter and the Chamber of Secrets) - J. K. Rowling
60 milhões

12. O Apanhador no Campo de Centeio (The Catcher in the Rye) - J. D. Salinger
60 milhões

13. Harry Potter e o Cálice de Fogo(Harry Potter and the Goblet of Fire)- J. K. Rowling
55 milhões

14. Harry Potter e a Ordem da Fênix(Harry Potter and the Order of the Phoenix) - J. K. Rowling
55 milhões

15. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban) -  J. K. Rowling
55 milhões

16. Ben Hur: Uma Narrativa de Cristo(Ben Hur: A Tale of the Christ) - Lew Wallace
50 milhões

17. Heidi's Years of Wandering and Learning -  Johanna Spyri
50 milhões

18. O Alquimista (The Alchemist) - Paulo Coelho
50 milhões

19. Meu filho, meu tesouro (The Common Sense Book of Baby and Child Care)  - Dr. Benjamin Spock
50 milhões

20. O Pequeno Príncipe (The Little Prince) - Antoine de Saint-Exupéry
50 milhões

21. A Marca do Zorro (The Mark of Zorro) - Johnston McCulley
50 milhões

 

Blog Renato Jr.

Casamento! Uma bênção de Deus!

 

alianças

O texto abaixo foi escrito por minha amada esposa Karla, e compartilhado hoje no chá de panela de minha cunhada Cecília e do meu concunhado Adnael.

Espero que essa mensagem possa falar não apenas para com você que é noivo, mais para os namorados e para todos os casados.

 

Por Karla Souza Costa

O casamento é a forma de relacionamento mais antiga do mundo, estabelecido por um Criador soberano no Jardim do Éden. Naquele cenário formoso e perfeito, Deus organizou o lar atribuindo funções e definindo responsabilidades para Adão e Eva.

A Adão cabia proteger e liderar, seu ofício era cuida do Jardim (Casa) e dos que nele viviam. (Gn. 2:15-17).

A Eva cabia ser a auxiliadora (Gn 2:18), consoladora (Gn 24:67) e incentivadora.

Quando o pecado entrou no mundo, seguiu-se o caos. Mas o plano de Deus não mudou, porém foi distorcido pelas escolhas pecaminosas do mundo.

Apesar da queda de Adão e Eva, os príncipios de Deus para o casamento permaneceram. Ef. 5:22-33.

Sabemos que o homem e a mulher foram criados como expressões da imagem de Deus. Ambos exercem papéis distintos no relacionamento. Cristo é igual a Deus Pai, embora submisso e responsivo a Ele. Deus ama o Filho e o exalta. O mesmo padrão é repetido no relacionamento entre Cristo e sua Igreja. Cristo fornece liderança amável e serviçal, a igreja responde com respeito e submissão. (Comparação com a Noiva de Cristo)

Tal qual é o que Deus nos ensina no versículo que acabamos de compartilhar. Deus nos ensina a entender o casamento tal qual era antes do pecado, com reciprocidade, na qual o AMOR do marido desperta submissão sensível por parte da esposa.

A igualdade reflete na unidade do relacionamento e não na igualdade de função.

Não pode haver unidade e paz em um casamento que despreza os princípios de Deus.

Maridos e Esposas, Cecília e Adnael: eu os desafio a investir tempo, energia e criatividade dentro do seu lar, a fim de buscar formas para se adequar à liderança servidora e a submissão de Cristo.

 

Karla Ines Souza Costa  - Esposa amada, é formada em Administração de Empresas.

Quebra de Maldição Hereditária! O que é isso?

 

quebra

Por Renato Jr.

Sei que ao escrever esse texto, alguns da minha própria igreja irão querer me contestar, não acho ruim, acho importante para que possamos nos aprofundar no estudo da palavra, e não nos basearmos em experiências pessoais, ou no que este ou aquele escritor (quase sempre americanos, nada contra os americanos) escreveu. Os comentários são bem vindos, exponha sua opinião e apresente seus argumentos bíblicos.

Fico temeroso com o tanto que alguns cristãos ao defenderem suas teses, começam dizendo: “EU ACHO QUE” e não “A BÍBLIA DIZ ASSIM”. Talvez alguns gostem dos meus textos, e outros odeiem, contudo, a Bíblia vai continuar sendo a verdade, haja o que houver (1Pd 1.24-25).

Os que defendem a maldição hereditária, ou maldição de família ou pecado de geração, agora surgiu até o DNA da iniquidade, se baseiam nos seguintes textos, ressaltando que apenas no versículo isolado do contexto:

Êxodo 20:5-6 – (5 Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos).

Êxodo 34:6-7 (6 Tendo o Senhor passado perante Moisés, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração).

Números 14:18 (18 O Senhor é tardio em irar-se, e grande em misericórdia; perdoa a iniqüidade e a transgressão; ao culpado não tem por inocente, mas visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração).

Deuteronômio 5:9-10 (9 não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, 10 e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos).

Primeiramente gostaria de fazer uma avaliação hermenêutica dos versículos e de seus contextos, para isto quero utilizar das palavras do Pr. Valtencir Alves, mestre em divindade e doutor em teologia:

Observe bem estes textos, em todos eles Deus declara que visita a iniquidade dos pais nos filhos. Em Ex. 20:5-6 e Dt. 5:9-10, Deus declara que esta maldição é para aqueles que o “odeiam”. Em Ex. 34:6-7 e Nm. 14:18, Deus declara a sua misericórdia e que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado. O nosso Deus não mudou, a misericórdia do Deus do NT é a mesma do AT. Havendo arrependimento no coração do homem, Deus libera o perdão, liberando o perdão, tudo está cancelado… Na verdade, sempre foi assim.
Antes de continuarmos na progressão da revelação sobre este assunto, o que chamo de hermenêutica diacrônica, vamos refletir sobre duas questões inseridas nestes textos. A primeira é o fato do decreto de Deus estar diretamente e especificamente ligado na iniquidade da idolatria. O segundo é a descrição precisa “daqueles que me odeiam”. Certamente o povo de Deus do tempo da Torá, não compreendeu estes adendos de Deus ao decreto e para resolver este problema de entendimento ele esclarece o assunto revelando a interpretação mais precisa como segue:

Dt. 24.16 Não se farão morrer os pais pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada qual morrerá pelo seu próprio pecado.

O livro de Deuteronômio não é apenas a repetição da Lei como muitos afirmam, este livro cuida de interpretar os quatro primeiros livros da Torá com mais exatidão, é o próprio Deus lançando luz na revelação. Por que Deus escreveria outro livro repetindo as mesmas coisas? Deuteronômio é o intérprete da Torá. O texto é claro, é direto, é esclarecedor, no entanto, o povo daquela época ainda não absorveu o entendimento da revelação que já progrediu. Tudo bem, Deus entende a estrutura frágil do homem e esclarece mais uma vez.

A confusão sobre os problemas genéticos também são enormes, muitas vezes o pai tem um problema e o filho geneticamente também o herda. Pronto, a conclusão do desfecho será: “Maldição hereditária”. Problemas genéticos não são maldições, a impropriedade teológica dos eisegéticos descolore a hermenêutica, fere a exegese e leva ao tropeço os pequeninos. Cristo levou sobre si as maldições, o homem com Cristo está liberto e não há mais condenação sobre ele, as coisas antes de Cristo ficaram para trás, o tempo da ignorância foi perdoado, nada poderá separar o homem do amor de Deus, quando Deus age ninguém pode impedir, certamente maior é aquele que esta em nós e nele podemos tudo. Devemos estar preparados para dar razão da nossa fé, não baseados em fábulas de velhas caducas, mas na santa e bendita palavra de Deus.

Avalie comigo querido alguns pontos na bíblia:

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gálatas 3.13). Jesus tomou sobre si nossas maldições, e carregou nossos pecados.

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36). Dar-se-ia o caso de o crente ficar livre das correntes do pecado, mas permanecer amarrado, ainda, às maldições resultantes de pecados cometidos por seus antepassados?

Essa doutrian diminui e tenta complementar o sacrificio de Cristo. Leiem o Capítulo 10 de Hebreus e vejam o comentário do Teólogo Charles Rylie:

“Neste capítulo o autor enfatiza o caráter definitivo de Cristo,contrastando-o com a natureza repetitiva e incompleta do sistema da lei e dos sacrifícios do Antigo Testamento. A redenção que Cristo oferece não precisa de nenhuma repetição ou complementação. Por isso, a rejeição de seu sacrifício é definitiva e imperdoável.”

(Romanos 8. 1-2) Agora já não existe nenhuma condenação para os que estão unidos com Cristo Jesus. Pois a lei do espírito que nos trouxe vida por estarmos unidos com Cristo Jesus, livrou você da lei do pecado e da morte.

(João 5. 24) Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem ouve as ´minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será julgado mas, já passou da morte para a vida.

(1João 5.18-21) Sabemos que os filhos de Deus não continuam pecando, porque o Filho de Deus os guarda, e o Maligno não pode tocar neles.

(Colossenses 2.20) Vocês morreram com Cristo e por isso estão livres dos espirítos maus que dominam o Universo, então porque é que vocês estão vivendo como se fossem deste mundo?

Na verdade, há casos em que famílias de crentes em Jesus, formadas por pessoas dedicadas e sinceras, que sofrem problemas os mais diversos, em termos de saúde, e adversidades financeiras e até de perturbações por parte do maligno. Segundo entendemos, as consequências do pecado de um pai podem passar para os seus descendentes.

Um pai alcoólatra, com sífilis, certamente vai transmitir aos seus filhos as consequências do pecado, mas não o pecado em si. Um pai ou uma mãe aidética passa a enfermidade para o filho no ventre. Esse é um ponto importante: o que se transmite, hereditariamente, são os efeitos do pecado e não o pecado, pois este, segundo a Bíblia, não é hereditário. É de responsabilidade pessoal (Ver Ez 18). A Bíblia diz em Dt 24.16: "Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais: cada qual morrerá pelo seu pecado".

Vemos aí a justiça de Deus, não permitindo que os filhos, sem culpa, herdem as maldades dos pais, em termos espirituais, a ponto de morrerem por causa de seus antepassados. A responsabilidade moral e espiritual é individual perante Deus. Em Ezequiel , Cap 18, 20-22: "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. Mas se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá".

Com isso, vemos que o pecado não passa de pai para filho. O que pode passar são os efeitos genéticos e também a influência moral dos pais sobre os filhos; estes tendem a seguir os exemplos bons ou maus de seus pais.

Poderia fazer aqui outras colocações, mais não quero me prolongar e deixar o texto muito longo e cansativo.

Renato Jr. - Blogueiro, articulista, teólogo em formação.

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28 de outubro de 2010

Denúncia! Dilma usa nome da Cassiane para se promover

 

No Nordeste estão sendo distribuidos diversos folhetos a respeito das eleições 2010, e especificamente em um encarte destinado aos evangélicos. Nele contém depoimentos de pessoas públicas que declararam que votam em Dilma para presidente, das quais Cassiane não está contida, pois não declarou até o momento a quem vai dar seu voto.

Folheto onde contem depoimento "falso" de Cassiane.

Falso depoimento de Cassiane.

Infelizmente nos dias de hoje nos deparamos com tais atitudes ocorrendo no meio, e diante dos fatos, só se torna ainda maior a responsabilidade na hora de votar. Nós evangélicos já somos 20% do eleitorado, e devemos defender nossos ideais nos identificando com candidatos de boa índole e bons planos de governo.

Achamos que a informação parcial prejudica o eleitorado, e queremos deixar claro que não aceitamos este e qualquer tipo de calúnia, e que devemos denunciar por meio disto a ilegalidade na política, nós mais do que ninguém, sabemos que Deus não se agrada disso.
Enquanto você está tendo a oportunidade de ver aqui que se trata de uma inverdade, muitos crerão e serão influenciados por este folhedo de má fé.

Já foi relatado nos comentários que este folheto está correndo no estado de Goiás também.

 

Divulgação Blog Renato Jr. Fonte: www.cassianenews.com.br

27 de outubro de 2010

Viva a Vida com intesidade…

 

vida

Muitos não querem ficar velhos, mais também não querem morrer novos. Esquecem de um detalhe:

Só não fica velho quem morre novo!

Renato Jr.

A"bíblia" da Gretchen!

Quando acho que já vi de tudo, me surpreendo novamente… Veja a nota abaixo do Genizah…

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Este debate teológico do mais alto nível teve lugar no Superpop da intelectual Luciana Gimenez.

O assunto é a possibilidade de um casamento gay à luz das Sagradas Escrituras. A pauta surge da notícia de processo do casal de pastores gays do Rio de Janeiro contra um cantor de forró gospel, que em canção de sucesso popular, afirmou que casamento entre homens não é natural.

Como se pode constatar no vídeo acima, um livro importantíssimo da "briba" foi perdido - o livro de Gretchen - datado do século I. Segundo o History Channel que andou escavando as areias no Pina, em Recife, local de nascimento da ilustre Gretchen di Sabat, ancestral da nossa cantora gospel, foram encontrados toletes (isto é, rolos) dando conta das razões do sumiço da relíquia gospel.

Em resumo: A idéia da Igreja Católica Apostólica Romana era colocar no cânon o livro de Gretchen durante o Concílio de trento (1545-48), mas o pessoal que já estava arretado com a recente reforma de Lutero perdeu a cabeça de vez e fez fila dançando o sucesso de KONGA, KONGA, KONGA, um estouro da época, até o Vaticano fundando assim a ordem dos milongueiros da qual o Maradona é o principal membro leigo da atualidade.

Veja o clip da música da polêmica, sem as imagens originais com o casal de pastores, claro. Está foi retirada no YOU TUBE.


"Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus" Mt 22.29
"Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, ..." Jo 5.39

 

 

Publicação Genizah, divulgação Blog Renato Jr.

Marco Feliciano, o garoto propaganda da Dilma

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Por Renato Jr.

O pastor, cantor, escritor, agora deputado federal, se torna um dos principais garotos propaganda da campanha pró-Dilma.

O mesmo reuniu-se com prefeitos, vereadores, deputados e mais de 500 pastores, da lideranças cristãs na cidade de Hortolândia - SP.
A pauta da reunião foi o apoio a Dilma Rousseff no segundo turno das eleições presidenciais. Feliciano protestou contra aquilo que o mesmo chama de inverdades, calúnias e difamações, a qual a candidata está recebendo dos evangélicos na Internet.

O mesmo também, no dia 23 de outubro inaugurou o Comitê Nacional de Inteligência Cristão Pró-Dilma. O nome é bem pomposo, bonito, imponetente, mais é apenas a carcaça, o conteúdo continua o mesmo. O interessante é a forma como alguns utilizando do evangelho querem falar em nome de todos, para defender este ou aquele candidato. Dão a entender a leigos, que todos que são cristão são participantes desse comitê.

Gostaria de saber de onde vem o dinheiro que mantém esse comitê, se é da campanha da Dilma ou se é pago pelo suado dinheiro ganho pelo pastor Marco Feliciano, pago pelo dízimos dos fiéis.

O que fico pensando é que alguns antes mesmo de tomarem posse do poder, já se misturam com ele, imaginem depois. Esperem e veremos a continuação desta história…

 

 

Renato Jr. - Blogueiro, articulista, teólogo em formação.

Surto de cólera no Haiti. Você pode ajudar!

 

“Se a situação atingir os acampamentos, milhões poderão morrer” (Ted Steinhauer, diretor da Medical Teams International em Port-au-Prince”

haiti

Embora a imprensa esteja em estado de alerta geral acerca dos últimos ocorridos e da quantidade de mortes, nossas informações diretas do Haiti retratam situação ainda pior que o divulgado. A base nacional da missão JOCUM no Haiti fica em St. Marc, região exata onde o surto teria tido início. Terry Snow, diretor nacional da organização, tem enviado notícias alarmantes sobre o pânico que tem acometido a região.

No entanto, considerando os fatores populacionais, nossa grande causa de oração neste momento é a capital Porto Príncipe. Falamos ontem à tarde com Ted Steinhauer, diretor nacional da organização Medical Teams International, parceira direta da MAIS, e segundo Ted o surto ainda não atingiu em cheio a capital, mas a geografia da calamidade segue o fluxo do rio Artibonete, e a chegada da doença à cidade é questão de tempo. A proliferação nos acampamentos seria de proporções catastróficas, visto que as condições de habitação e saneamento são as mais precárias. Em Porto Príncipe são mais de 1,3 milhões de habitantes nos camps.

A M.A.I.S. possui sólidas parcerias no Haiti, e embora creiamos que a oração seja nosso maior recurso nesse momento, temos tentado fazer algo a mais. Foi-nos enviada uma lista de medicamentos e suprimentos médicos, os quais serão usadas por duas organizações de nosso relacionamento: a Medical Teams International e a Humedica. Nesse momento, ambas estão enviando equipes médicas às regiões afetadas pela cólera. Tínhamos em nossos estoques no país uma grande quantidade de soro e penicilina, e tudo já foi despachado. Agora, seguem abaixo outras necessidades, que pretendemos enviar nos próximos dias. 

Precisamos de:

Þ    Solução de Ringer c/ Lactato IV

Þ    Sistema de infusão com agulhas (borboletas 21g e 23g)

Þ    Clorin

Þ    Doxiciclina

Þ    Tetraciclina

Þ    Eritromicina líquida

Þ    Luvas descataveis

As doações em medicamento podem ser enviadas para a sede da M.A.I.S. em Belo Horizonte, e serão levadas por nossas equipes nas próximas 3 semanas. Mas sinta-se a vontade para efetuar a doação em dinheiro, visto que tem havido disponibilidade do referido material para compra no próprio Haiti, e isso seria mais prático e urgente. Seguem abaixo nosso endereço e conta bancária:

 

ENDERECO:

M.A.I.S. – MISSAO EM APOIO A IGREJA SOFREDORA

Rua Uberlândia 620 – Carlos Prates – Belo Horizonte/MG

CEP 30710-230

CONTA BANCARIA:

BANCO ITAÚ

AG.0937

CC 44077-4

CNPJ 12.492.298/0001-83

OBRIGADO POR LUTAR CONOSCO!

 

EM CRISTO,

 

Pr. Mário Freitas

contato@maisnomundo.org

 

Divulgação Blog Renato Jr.

26 de outubro de 2010

O Ensino da Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, a Espada do Espírito!

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;(Efésios 6:17)
Os sacerdotes devem ensinar a verdade a meu respeito, e todos devem pedir conselho a eles para saber o que é direito, pois os sacerdotes são os mensageiros do Senhor Todo Poderoso. (Ml 2:7 - NTLH)

A palavra ensino é derivada do hebraico towrah, ou Torah, Torá, תּוֹרָהque significa lei, orientação, instrução. Em Malaquias 2:7, ensino refere-se a um conjunto de orientações ou instruções dadas por Deus aos sacerdotes. O sacerdócio não é um trabalho, mas um chamado divino. Hoje, essa função importantíssima é exercida pelos pastores. O pastor cristão, para realizar essa tarefa santa com fidelidade, precisa ter uma experiência real de salvação pela fé em Cristo, um chamado ministerial real de Cristo, um amor genuíno e um conhecimento profundo da palavra de Cristo. A verdadeira instrução sai da boca do sacerdote fiel a Deus. A Bíblia revela que Esdras “ensinou fielmente a lei de Moisés durante a Festa dos Tabernáculos no outono, de acordo com as determinações deuteronômicas (Dt 31.9-11; Ed 8.1) [HARRIS, R. L. (org.) Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998 pag. 661]. Como Esdras, há muitos exemplos na Bíblia. Todavia, nem sempre é assim. Houve muitos sacerdotes infiéis a Deus, que ensinaram mentiras por dinheiro, conforme declara Miquéias: Os seus cabeças dão a sentença por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro (3:11). Para combater esse abominável pecado, Malaquias 2:7 nos oferece as seguintes instruções:


1. Os sacerdotes devem ensinar a verdade: O sacerdote tem o dever de ensinar a palavra de Deus ao povo adequadamente. Malaquias denunciou o relaxo dos sacerdotes de seu tempo, que estavam ensinando perversidade, que profanavam a lei do Senhor em palavras e atos, e assim, roubavam do povo a esperança em Deus. “Eram anjos (mensageiros) de Deus e de Sua luz, mas tornaram-se agentes da escuridão” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5 pag. 3708]. Tais sacerdotes perverteram “o conhecimento da lei, transformando o positivo em negativo, e o negativo em positivo. Cf. Lev. 10.10,11; Deu.24.8; Jer.18.18” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5 pag. 3708]. Perderam o temor e a reverência a Deus (cf. Ml 1:10-16). A Bíblia declara que todos os salvos são sacerdotes (Ap 1:6, 5:10), todavia, o pastor é o sacerdote maior. É por ele que o povo conhece os ensinos divinos. Para tanto, além de orar e jejuar, o pastor precisa estudar e examinar acuradamente a palavra de Deus, pois não pode dizer qualquer coisa “em nome do Senhor”. Ele tem que conhecer bem a verdade para poder ensiná-la ao povo. E mais: antes de ensinar a verdade de Deus, ele tem que internalizá-la, ter experiência com ela, caso contrário, o povo perceberá que tal ensino lhe é estranho, desconhecido, e, portanto, sua instrução é incoerente e ineficaz. Há de ser diferente! De seus lábios deve fluir a verdade divina (cf. Dt 17:9-11).

2. Todos devem pedir conselhos a eles: Para ensinar em Israel, o sacerdote tinha que conhecer a lei (Dt 33:8-10). Se o sacerdote não sabe a Palavra, o povo se perde (Os 4:6). Mas, se ele conhece a lei do Senhor e a explica com clareza, o povo aprende a obedecer a Deus (cf. II Cr 17:7-10; Ne 8:7-11). “Malaquias concede ao sacerdote o papel de conselheiro, procurado por pessoas que precisam de orientação em situações especiais, e para isso era essencial ter uma experiência pessoal com Deus e conhecimento da sua lei.” [BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1982 pag.197]. O sacerdote é procurado porque é um mensageiro de Deus, e como tal, tem sempre uma orientação divina a dar. Ao ser procurado, o pastor não pode negligenciar a palavra de Deus e a verdade de Deus. Deve estar com ela na “ponta da língua”. Não deve ter medo de se “queimar”, de se “desgastar”. Há de proferi-la com educação, com sabedoria, com respeito, mas, sobretudo, com firmeza e convicção. A Palavra é a única chance de cura da ovelha. E o pastor a tem dentro de si, pois vive na presença de Deus. É seu dever ensinar! De seus lábios, em vez de iniqüidade, sai à palavra de Deus. A ovelha ouve, se edifica e se alegra. Assim fizeram Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram. (At 15:32)


3. Para saber o que é direito: Toda a pregação de Malaquias pode ser considerada como uma mensagem forte, grave e contundente. Ocorre que o profeta sabe que o povo perdeu a noção do que é certo e reto, a nação israelita está em franca desobediência e ainda pergunta a Deus em que o desobedece, o aborrece, o rouba. Um cinismo tomou conta do povo eleito. Como isso pôde acontecer? Os sacerdotes se tornaram desonestos no ensino e na prática da lei de Moisés, destruíram “a aliança divina com Levi” e por isso, “o povo transgredia mais generalizadamente através do casamento com pagãos, abandonando suas esposas para poderem se casar novamente” [PFEIFFER, F. C. & HARRISON F. E. Comentário Bíblico Moody: Isaías a Malaquias. São Paulo: IBR, 2001, Vol. 3, pag.380]. Malaquias afirma que o povo de Deus só sabe o que é certo quando os sacerdotes são fiéis. Estes foram designados para apresentar o conhecimento e a vontade de Deus. Que honra! É por isso que o profeta declara: da sua boca devem os homens procurar a instrução. Apesar do fracasso da maioria dos docentes (professores), o povo não deveria deixar de buscar o conhecimento divino, pois sempre há verdadeiros e fiéis sacerdotes no meio dos falsos. Haverá sempre aqueles que andam com Deus (Gn 5:22,24; 6:9). E quando o povo encontra um fiel pastor, até mesmo os murmuradores hão de aceitar [a] instrução. (Is 29:24)


4. Pois os sacerdotes são mensageiros do Senhor: Quando a desobediência e o mau exemplo vêm de cima, isto é, da liderança, o povo perde a referência espiritual e se perde. Com o tempo, aqueles que foram separados para ensinar a sabedoria e a vontade de Deus, deixam de ser vistos como homens de Deus e passam a ser percebidos como pessoas comuns. Em alguns casos, até inferiores a líderes seculares. Ao ver esse declínio do sacerdócio em Israel, Malaquias profetizou afirmativamente:

“[O sacerdote] é mensageiro do Senhor dos Exércitos. E todos deveriam saber isto: a função principal do sacerdote é instruir conforme a lei moral que é fundamentada na verdade de Deus. O povo, porém, reconhece o sacerdote como legítimo mensageiro de Deus, muito mais pelo viver dele de acordo com a lei que ensina e por sua real comunhão com Deus. Isto quer dizer que o pastor de hoje deve viver a palavra e ter o Senhor Jesus Cristo como modelo de fé e conduta cristã. Jamais o povo deve confundir o pastor com um empresário, um profissional liberal, um funcionário público. Não! O pastor fiel é mensageiro divino, é transmissor do pacto eterno, e como Malaquias, é capaz de esquadrinhar “profundamente os problemas de hipocrisia, infidelidade, casamentos mistos, divórcio, falso culto e arrogância.” [WILKINSON, B. &; BOA, K. Descobrindo a Bíblia. São Paulo: Candeia, 2000 pag.320].

Pelo exposto acima, se vê que o quanto é importante o ensino verdadeiro das Escrituras Sagradas para o povo de Deus, o quanto é fundamental que aqueles que ensinam sejam fiéis a aliança feita por Deus com seu povo. Se o sacerdote for infiel, o povo o será. “Tal sacerdote, tal povo!” (cf. Os 4:4 e 9). Por tudo isso, a função sacerdotal ou pastoral é incrivelmente influente, seja para o bem, seja para o mal. Se o sacerdote for infiel no ensino da palavra, o povo se perderá; se for fiel, o povo se achará e será salvo, pois o próprio Deus é quem falará e se revelará por intermédio do ministro.


PRATICANDO A PALAVRA DE DEUS


O conhecimento bíblico precisa ser guardado - Malaquias profetizou: Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento. Quantos sermões bíblicos você já ouviu? Quantas Lições Bíblicas já estudou? Quantas palestras bíblicas já escutou? Quantas vezes você já leu a Bíblia? Seguramente, o Espírito Santo tem ensinado a você os caminhos de Cristo. Você é um sacerdote (Ap. 1:6; 5:10). Quanto ensinamento já recebeu não é verdade? Nessa condição, é seu dever guardar esse conhecimento, ou seja, você deve praticá-lo, vivenciá-lo, aplicá-lo em sua vida diária. É pecado conhecer e não praticar (cf. Tg 1:22-25). Guarde o ensino e seja um crente maduro, em nome de Jesus (Ef 4:11-14).
A orientação correta precisa ser oferecida - Malaquias profetizou: ... da sua boca devem os homens procurar a instrução. De fato, na boca do pastor fiel os salvos acham direção, caminho seguro. Depois de ter pregado muitos sermões bíblicos, depois de já ter ministrado muitas Lições Bíblicas, depois de já ter ensinado muitos temas espirituais, que balanço você faz? De sua boca, saiu mais ensino que conduzirá os fiéis à vida ou à morte? Lembre-se: é da língua dos mestres que saem os ensinos certos que levarão à obediência e às bênçãos ou os ensinos errados que conduzirão à desobediência e às maldições divinas (cf. Tg 3:1-12; Dt 28).Portanto, se você prega, ensina ou ministra a palavra, faça-o com fidelidade e verdade (cf. II Tm 2:5; Tt 1:1).


A mensagem divina precisa ser anunciada - Malaquias profetizou: ... porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos. Paulo costumava repetir: “Estou certo!” Ele tinha segurança no que cria e ensinava. Sabia de quem o tinha recebido. Era um mensageiro do Senhor! Como sofreu! Mas se dispôs. Atenção: a verdade de Cristo precisa ser anunciada. Mas como ouvirão, se não há quem pregue? (Rm 10:14). Você, que há muito tempo conhece a aliança eterna, por que se calou? Cansou de ensinar? Levante-se, em nome de Jesus! Disponha-se outra vez. Volte à docência. Você é um mensageiro do Senhor! Coloque a mensagem de novo em ação, ao alcance dos crentes, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado (Mt 28:20).


CONCLUSÃO
Está na hora de os verdadeiros sacerdotes, os verdadeiros pastores, os verdadeiros mestres, os verdadeiros professores do evangelho de Cristo entrarem em ação, tendo como arma a espada do Espírito, que é a palavra de Deus (Ef 6:17). A hora é agora! Os ouvintes estão sedentos e precisam receber a verdadeira instrução, os verdadeiros conselhos divinos, para que, finalmente, saibam viver de forma que agrade a Deus. A verdadeira guerra espiritual é esta: a luta da verdade contra a mentira. Cujo alicerce da verdade encontra-se numa das promessas mais robusta de Jesus: ... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32).
Ensinar a verdade: é a missão de sua vida, irmão. Amém!
Que Deus nos abençoe!

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DEC - PC@maral Divulgação Blog Renato Jr. 

Nunca perca, nem fracasse, senão Deus se envergonha

sucesso-ou-fracasso Por Renato Jr.

“(1) A nossa derrota é a vergonha de Deus

(2) Ele nos dá vitória para manter a Sua própria reputação

Esses dois pensamentos são claros e repetidos várias vezes por toda a Bíblia. E não é difícil entender o porquê.”

Imagem abaixo e texto acima copiados do blog do Bispo Macedo (http://bispomacedo.com.br/2010/10/25/pelo-teu-nome/)

Não sei o que você pensa sobre a frase acima, mais eu particularmente não concordo com a mesma. Te convido a visitar o link acima, e ler o texto, e depois tirar sua próprias conclusões.

Só conheco um que foi vencedor invicto, Jesus Cristo. Os fracassos e as derrotas fazem parte de nossa caminhada. Quero adaptar o texto de William Lane Craig, sobre o significado do fracasso na vida de um Cristão para expor minha opinião. Talvez você tenha achado o título um tanto quanto estranho, mais o objetivo é justamente chamar sua atenção para o texto.

Qualquer cristão que fracassou em algum momento sabe quão devastadora a experiência pode ser e as perguntas que surgem são: Onde Deus está? Como Ele pode deixar isto acontecer? Eu estou fora da vontade dele? O que eu faço agora? Deus realmente se preocupa ou existe? Essas são perguntas agonizantes. Qual é o significado de fracasso para um cristão?

Tratando deste problema, me parece que nós precisamos primeiro distinguir dois tipos de fracasso: fracasso na vida cristã e fracasso na vida de um cristão. Por fracasso na vida cristã, eu quero dizer um fracasso do crente no relacionamento e na caminhada com Deus. Por exemplo, um Cristão poderia sofrer decepção e fracasso devido a uma rejeição em atender a chamada de Deus, ou sucumbindo à tentação, ou por se casar com um não-cristão. Fracasso deste tipo se deve ao pecado. É essencialmente um problema espiritual, uma questão de moral e fracasso espiritual.

Diferentemente, o fracasso na vida de um cristão não tem relação com considerações espirituais. Não se deve ao pecado na vida de um crente. É uma derrota pessoal que sucede no viver diário da experiência cristã. Por exemplo, um homem de negócios cristão poderia falir, um atleta cristão poderia ver seus sonhos juvenis despedaçados quando ele falha em passar para a Liga Principal, um estudante cristão poderia fracassar na escola apesar dos seus melhores esforços para ter sucesso, ou um operário cristão poderia se achar desempregado e incapaz de conseguir um emprego. Tais casos não são exemplos de fracasso na caminhada de uma pessoa com Deus, mas exemplos de fracasso no curso ordinário da vida. Eles acontecem nas vidas das pessoas que são cristãs.

Agora eu não tenho nenhuma dificuldade particular em compreender o fracasso na vida cristã. Naturalmente, pecado resulta em fracasso! Que mais nós poderíamos esperar? Nem a solução a este tipo de fracasso é difícil entender: arrependimento, confissão, fé e obediência. Assim eu não considero o fracasso na vida cristã confuso, especialmente quando eu reflito na fraqueza de minha própria carne. Não é surpreendente que nós pequemos e falhemos.

Mas o segundo tipo de fracasso é problemático pra mim. Quando alguém está caminhando em fé e obediência a Deus, como ele pode ser conduzido à cova do fracasso? Pense nisto. Como posso ser conduzido ao fracasso obedecendo a Deus? Realmente, isto é confuso. Então, eu quero focalizar nossa atenção neste segundo tipo de fracasso, o fracasso na vida de um cristão, e ver se nós podemos vir a entender isto.

Por muitos anos eu tive o ponto de vista que cristãos que estão caminhando com Deus basicamente não podem fracassar. Talvez eu fosse excessivamente ingênuo, mas eu não penso assim. Eu havia levado em conta a questão e havia até mesmo qualificado minha posição em vários pontos importantes. Por exemplo, eu distingui fracasso de perseguição. A Bíblia é clara que pessoas que estão tentando para viver vidas religiosas em Cristo Jesus experimentarão perseguição, e Jesus disse que eles serão abençoados por isto. Cristãos que morreram em campos de concentração por causa da sua fé ou que perderam trabalhos ou foram discriminados porque eles eram cristãos, não se pode dizer que fracassaram.

Eu também distingui fracassos de provações. A Bíblia é clara que como cristãos nós não somos isentos de provações e que tais provações produzem maturidade e perseverança. Sem provações nós permaneceríamos crianças mimadas e despreparadas. Mas eu acreditei que, se nós suportássemos nossas provações confiando na força de Deus, Ele nos veria e nos traria vitoriosamente ao outro lado. Basicamente, não tinha sentido, pra mim, dizer que Deus chamaria uma pessoa para fazer algo e então – quando aquela pessoa fosse obediente ao chamado e estivesse confiando na força de Deus – lhe permitisse fracassar.

E, de fato, há algum apoio Bíblico para a posição que eu tomei. Olhe o que o Salmo 1:1-3 diz:

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.”

Assim, quando você encontrar o fracasso, não se renda. Peça a força de Deus para ir além. Ele a dará a você. Na realidade, há um nome bíblico para esta qualidade. É chamada de perseverança. Pelo fracasso, se você responder corretamente, Deus pode construir a qualidade da perseverança em sua vida.

O fracasso na vida de um Cristão, então, não deveria nos pegar de surpresa. Deus tem coisas importantes para nos ensinar pelo fracasso – e o verdadeiro sucesso, o sucesso que conta para eternidade, consiste em aprender essas lições. Assim, quando você fracassar, não se desespere ou pense que Deus o abandonou; antes, aprenda de seus fracassos e nunca se renda. Esta é a fórmula para o sucesso.

Toda experiência tem seus momentos de gloria e fracassos, vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, sorrisos e lagrimas, perseverança e desânimos, surpresas e decepções, prazeres e dissabores,companheirismo e solidão, mas ficam as lições.Verdadeiros grãos de areia são transformados em perolas ao longo da vida.

No exemplo claro na bíblia, vemo o pai do filho pródigo que diante do fracasso do filho mais novo, não sente vergonha, mais o ama, e o recebe de volta.

Essa parábola [do filho pródigo] resume a história da salvação e constitui também uma síntese da história pessoal de cada um de nós. O filho mais novo se emancipa, fracassa e retorna. Da parte do pai é uma questão de amor e paciência. Da parte do filho é todo um processo psicológico de ida e volta, de fuga e retorno. Esse filho reflete uma situação comum na nossa humanidade: a imagem do homem pecador que se afasta de Deus e, depois, volta para Ele.

A saga do filho pródigo é uma história muito bonita, que mostra a grandiosidade de Deus e Seu infinito e misericordioso amor, e a nossa fragilidade, miséria e pecado.

O filho mais novo reconhece seus erros e volta, arrependido, esperando o menos, ou seja, que o seu pai o aceite como empregado. É motivo de festa para o pai.

 

Renato Jr. - Blogueiro, articulista, teólogo em formação.

21 de outubro de 2010

Debate Silas X Presidente do Movimento Homossexual Arco íris na Rádio Globo, veja como foi…

Nesta quinta, às 13h30, ocorreu o debate na Rádio Globo, em rede nacional, entre o Pastor Silas Malafaia e o presidente do movimento homossexual, Arco Íris.

O debate como não poderia deixar de ser, foi bastante acalorado. Aqui mesmo em meu blog, tu já leu por não uma ou duas vezes críticas eclesiásticas ao Pastor Silas Malafaia, como também diversos textos que o elogiam por sua postura em alguns pontos.

Não podemos negar o fato que Silas não se escondem atrás do evangelho, nem se faz de densentendido como alguns cristãos por aí, que não defendem sua postura cristã quando o assunto é o homossexualismo.

Mais uma vez Silas mostrou os erros desta lei infundada e totalmente sem noção.

Veja como foi o debate e tire suas proprias conclusões:

 

 

Renato Jr. – Editor do Blog Renato Jr.

Como alguns evangélicos enxergam a Bíblia

olho_grande_lupa Por Avelar Jr.

Estava vendo mais uma daquelas infindáveis discussões sobre programas de TV em que alguém demoniza qualquer programa que não seja "gospel", achando-se, por isso, mais santo que os outros, que estariam sob "influência satânica" por gostarem de ver uma comédia decente (você já deve ter visto debates assim com o assunto música). Todavia, a Bíblia é clara quanto à necessidade de saber discernir cada coisa e escolher bem.

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma." 1 Coríntios 10.23

Tem uma passagem na Bíblia que diz:

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco." Filipenses 4:8,9

Alguns evangélicos (outros religiosos também, mas não neguemos nossa "pole position" nisso!), entretanto, no afã por viver uma santidade artificialmente projetada, limitada aos ensinos de seu gueto ou mesmo às suas próprias opiniões, alheios a qualquer forma de arte, pensamento ou obra por melhor que seja, talvez enxerguem a mesma passagem como proibitiva de toda e qualquer influência externa, mais ou menos assim:

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, tudo o que é GOSPEL, se há alguma GOSPELEZA, e se há algo de GOSPEL, nisso pensai." Ungidenses 4:8


Parece que fora da vida na bolha gospel não há salvação.
Eu me pergunto se esse povo estuda matérias não religiosas, conversa com outras pessoas sobre assuntos normais da vida, lê livros não espirituais, revistas, partituras, rótulos de produtos, bulas de remédios, blogs e jornais, consulta calendários e dicionários, entra em lugares que não sejam templos, toma refrigerante, confecciona listas de compra, canta "Parabéns a Você" em festas de aniversário e joga UNO... (Mas eu não me pergunto se entra no Orkut porque eu já vejo: o Orkut é de Deus, principalmente se for para espalhar boatos contra candidatos a cargos políticos.)


Esse pensamento exclusivista de que tudo que não é "gospel" é mau representa um injusto e leviano julgamento do que é alheio, considerando-o automaticamente nocivo e sem proveito, e isentando-nos da necessidade de sermos criteriosos e maduros, sabendo avaliar todas as coisas e reter o que é bom ao mesmo tempo que influenciamos para que as coisas glorifiquem a Deus e tornem o mundo melhor do que o encontramos.
É como se simplesmente ter prazer em coisas "não-gospel" fosse demoníaco, pecaminoso, não edificante e rendesse milhas aéreas para uma passagem compulsória de primeira classe para o inferno. E como se alguma coisa tivesse que ser chata ou pelo menos não divertida - e ainda por cima "gospel" - para ser automaticamente boa e edificante... (veja Romanos 14.1-17)


***
Avelar Jr não é gospel, mas cristão protestante, e sempre cutuca a galera gospel no Púlpito Cristão

ATENÇÃO! Leilão do voto evangélico!" dou-lhe uma-dou duas,dou-lhe tres,vendido pro senhor, por um prato de lentilhas… Campanha de Serra faz oferta a evangélicos!

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Obrigado Serra, eu não como lentilhas…

Segundo nota publicada na Folha.com, A campanha de José Serra (PSDB) está oferecendo benefícios a igrejas evangélicas e a entidades a elas ligadas em troca de apoio de pastores à candidatura tucana. O mesmo foi feito na campanha do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O responsável pelo contato com os líderes é Alcides Cantóia Jr., pastor da Assembleia de Deus em São Paulo.

Ele responde pela "coordenadoria de evangélicos" da campanha, criada ainda no primeiro turno exclusivamente para angariar apoios entre evangélicos.

"Disparo entre 150 e 200 telefonemas por dia, mais ou menos", diz Cantóia, que trabalha numa espécie de guichê montado no térreo do edifício Praça da Bandeira (antigo Joelma), quartel-general da campanha de Serra. No local, ele também recebe pastores para "um café".

Os telefonemas são feitos para pastores de várias denominações em todo o Estado de São Paulo, em busca de pedido de voto em Serra entre os fiéis de suas respectivas igrejas.

Segundo Cantóia, entre os argumentos para conquistar o engajamento dos evangélicos, além do discurso relativo a valores, como a posição contrária à descriminalização do aborto, está a promessa de apoio a parcerias entre essas igrejas e entidades assistenciais a elas vinculadas com prefeituras e governo, em caso de vitória tucana.

Como exemplo, cita a possibilidade de, com os tucanos no poder, igrejas poderem oferecer apoio a crianças e adolescentes, complementando o período que elas passam na escola. Assistência a idosos também é citada.

"O objetivo é levar as crianças para dentro da igreja", afirma o pastor. "Esse é um dos argumentos. Seriam igrejas em tempo integral, complementando a atividade da escola."

Cantóia afirma, também, tentar intermediar demandas recebidas de pastores junto a prefeituras. Por exemplo, pedidos para que entidades funcionem como creche ou que virem intermediárias do programa Viva Leite, do governo estadual.

Alcides diz ter sido um dos articuladores que levou os pastores Silas Malafaia, do Rio de Janeiro, e José Wellington Bezerra, de São Paulo, ambos da Assembleia de Deus, a gravarem depoimentos de apoio a Serra, exibidos em sua propaganda na TV.

O Conselho dos Pastores de São Paulo, que reúne representantes de diversas denominações protestantes, estima que cerca de 80 mil pastores em SP apoiem Serra.

Não negocio o inegociável, não vendo meu voto nem pra Serra nem pra Dilma.

 

Renato Jr.

20 de outubro de 2010

A resposta do Silas Malafaia ao bispo Edir Macedo!

Silas bem no seu estilo, responde a críticas feitas pelo bispo e lider da Universal “pEDI maiscedo”, de vez em quando pede mais tarde também.

Veja o vídeo e tira suas conclusões!

Tá mais para o sujo falando so mal lavado.

Renato Jr.

 

Edir Macedo defende Dilma e acusa Silas Malafaia de ser falso profeta

Eis o que consta no blog do bispo Edir Macedo, líder da multinacional da fé "Igreja Universal do Reino de Deus":

A principal característica do profeta velho é o engano.
Em I Reis 13, encontramos um homem de Deus sendo enganado por aquele que deveria orientá-lo, falar a verdade e guiá-lo no caminho certo.
Temos visto nos últimos dias uma verdadeira demonstração de que o espírito do profeta velho continua atuando e tentando levar as pessoas ao engano.
Veja o que aconteceu com o pastor Silas Malafaia, que iniciou a campanha política apoiando a candidata Marina Silva e depois, usando o argumento frágil de que o partido dela, o PV, apoiava o aborto, mudou de lado e, para justificar que não apoiaria a candidata Dilma, acusou o PT de ser a favor do aborto e apoiar o casamento de homossexuais. Pronto, o caminho estava aberto para, sabe-se lá com que interesse, apoiar o candidato Serra.
Como não há nada escondido que não seja revelado, veio a declaração do próprio Serra, em vários meios de comunicação, de que é favorável ao casamento de homossexuais. E não para por aí não. Explodiu como uma bomba a denúncia de algumas ex-alunas da esposa do candidato, Monica Serra, que ficaram indignadas com a hipocrisia do casal de que, como cristãos, são radicalmente contra o aborto. Inclusive, a Sra. Monica chegou a dizer que se Dilma vencesse, ela iria matar as criancinhas.
Revoltadas, as alunas disseram que em uma aula, muito tempo atrás, a Sra. Monica declarou que havia feito aborto, com o consentimento de seu marido José Serra.
Agora ficam as perguntas: O que fez o pastor Malafaia mudar de lado? Ele vai continuar apoiando o Serra?
Diante desse cenário temos que lembrar o que aconteceu com o homem de Deus (I Reis 13) que seguia o seu caminho e foi levado à morte, enganado pelo profeta velho, porque não guardou a sua fé.

É, amados: É a guerra do porco contra o toucinho, e pelo jeito a porca vai torcer o rabo assim que o siri-na-lata da Penha tomar conhecimento do texto do telebispo.


Será que Malafaia vai morder a mão que, segundo Caio Fábio, um dia lhe deu o pão?

 

Fonte: Pulpito Cristão Divulgação Blog Renato Jr.

19 de outubro de 2010

Meu voto é nulo!

imagesCAVAMIIK Por Renato Jr.

Se eu escolhesse este ou aquele político, dentre os dois candidatos que atualmente estão na disputa pelo segundo turno, com certeza seria como pegar um ovo podere no meio de uma cesta de ovos podres. E todos sabem o que acontece...O problema não é que alguns políticos são podres. O problema é que a maioria está com costumes apodrecidos. Basta ver como votam e se protegem uns aos outros. Como conservam seus privilégios e suas impunidades até por crimes comuns. Por isso, voto nulo: quero dizer com meu voto que sou contra a podridão e não contra este ou aquele político podre.

Já é sabido que há muito tempo o país não sofre grandes alterações na política e que a plutocracia impera desde a queda do regime militar. Não há candidatos realmente sérios e a história está aí para provar a tese de que os políticos jamais se preocupam com outras coisas além deles mesmos.votoconsciente

Seria inconcebível que se alguém fosse contra a pena de morte participasse da eleição do carrasco, não é mesmo?
E já imaginou se o argumento fosse o de escolher um carrasco mais simpático...ou mais humano?
É quase a mesma coisa. Se você é contra a corrente que te ataram ao pescoço, não se trata de escolher quem vai segura-la, mas encontrar uma forma de se livrar dela...e de todos os que querem atar correntes em teu pescoço e segura-la.

E quanto à fé católica de José Serra? Ele mesmo se encarregou de comprová-la, ao mostrar, numa de suas propaganda eleitorais, foto em que faz a primeira comunhão. É também um bom católico desde criança! Tudo bem. Mas o que fazer dos eleitores protestantes, muçulmanos, maçons, judeus… e os ateus?

Na verdade, tanto a foto de Serra preparando-se para engolir sua primeira hóstia, quanto a imagem de Dilma na catedral, só provam que ambos não estão preparados para o cargo que buscam nas urnas – o de presidente de todos os brasileiros, independentemente de sua religião, pois este é um país laico, como garante a Constituição da República.

Meu voto nulo não resolve, mas já é um começo. É um recado claro de que já sabemos que não adianta só eleger. Que queremos fiscalizar, que queremos voto optativo, que queremos o fim da impunidade, que queremos poder tirar de lá quem nos enganou, que queremos votar as nossas leis, que queremos menos impostos, menos governo, que queremos partidos responsáveis, que queremos poder eleger candidatos independentes dos partidos, que queremos ser cidadãos e não súditos. O Voto Nulo é só um recado. É só um começo. Mas já é alguma coisa. É o começo de uma tomada de consciência.

Resta portanto ao eleitor definir em qual deles deve depositar a sua confiança. Sinceramente, não confio no neoliberalismo de FHC. Também não acho confortável para nós a posição de Lula ao ofertar-nos a Dilma. Questão é que se Dilma for mal, bom pro Lula; se for bem, mérito dele, então o nosso presidente não tem nada a perder neste jogo e isso é perigoso. Esse raciocínio me deixa em dúvida sobre em quem votar. Para não cair no erro de ter que decidir no:


Une…Dune…Tê…
Salamê… Minguê
Um sorvete colorido
O escolhido foi… Você.

 

Renato Anesio da Costa Junior editor do Blog Renato Jr.

18 de outubro de 2010

Evangelho e cultura: Pregando o evangelho em um ambiente multicultural

Os limites entre a valorização da cultura e a absorção de valores opostos ao evangelho

OPINIÃO DO BLOG RENATO JR:

Este com certeza é um dos melhores artigos que li, sobre missões e a sua relação com a cultura. Vale a pena lê-lo, discutí-lo e ensinálo em sua igreja. Boa leitura e que Deus te abençoe com este texto.

Renato Anésio da Costa Junior editor do Blog.

Por Leonardo Gonçalves

Para iniciar nosso estudo, trabalharemos três conceitos de missões:

Fundamentalismo missiológico: Rejeita a cultura, demonizando-a e se fechando para aquilo que ela pode oferecer.
Liberalismo missiológico: Absorve a cultura, mesmo em seus aspectos negativos, culminando em paganizarão da fé
Evangelismo missional: Dialoga com a cultura absorvendo e respeitando os valores que servem ao evangelho, ao mesmo tempo em que rejeita aquelas noções, muitas vezes tidas como culturais, que estão em oposição ao evangelho de Cristo.

Exemplo de fundamentalismo missiológico: Igrejas plantadas por missionários europeus e estadunidenses em meados do século 19 e 20. Os missionários impunham padrões de vestimenta européia aos habitantes de países tropicais. Também importavam seus instrumentos e cânticos, não valorizando a cultura autóctone. Tal tendência pode ser observada nas igrejas pentecostais.

Exemplo de liberalismo missiológico: O movimento missionário cristão pós-constantino, que tinha como estratégia absorver a cultura dos países aos quais pregava, sem questionar a validade de tais práticas. Assim, a igreja sacramentalizou a cultura, colocando-a acima do evangelho. Tal tendência pode ser observada no catolicismo, no neopentecostalismo (contextualizando com a cultura capitalista) e no movimento emergente liberal, que trata questões como aborto e homossexualismo como demandas culturais, ao invés de práticas pecaminosas.

Exemplo de evangelismo missional: A pregação de Jesus a mulher samaritana, onde o mestre pregou a mensagem de salvação a partir do contexto cultural daquela mulher; Paulo no areópago de Atenas, ao citar os filósofos pagãos em sua mensagem, criando uma ponte cultural através da qual introduziu o evangelho.

No entanto, o evangelismo missional dialoga com a cultura, sem ignorar o fato das culturas estarem manchadas pelo pecado. Assim, ele reconhece que nem tudo que é tido pelo homem moderno como valor cultural é aceitável diante de Deus. No fundamentalismo missiológico, a cultura é ignorada; no liberalismo cultural ela é endeusada e sobreposta ao evangelho. Já o cristianismo missional conversa com as diferentes culturas usando-as como ferramenta de contextualização, ao mesmo tempo em que rejeita valores culturais que se opõem a mensagem cristocêntrica.

Usando a cultura em favor do evangelho: Construindo pontes culturais para pregar o evangelho em um ambiente cultural diversificado

Se pudermos resumir a missiologia urbana e transcultural em uma só palavra, esta palavra é contextualização. Contextualizar significa apresentar idéias e pensamentos levando em consideração o contexto das pessoas, de modo a comunicar os fatos com maior clareza. Houve um tempo em que a contextualização era um principio distante, uma ferramenta usada apenas pelos missionários transculturais. No entanto, as demandas do mundo moderno e o ambiente policultural fazem da contextualização uma ferramenta indispensável à igreja contemporânea. A igreja que não contextualizar sua mensagem fossilizará e se tornará irrelevante para a sociedade ao seu redor.

Em Atos 17, o apostolo Paulo fez seu célebre discurso no areópago de Atenas. Cercado pela elite intelectual daquela cidade, ele apresentou um sermão engajado, no qual citava de memória os filósofos e poetas gregos, demonstrando afinidade com os temas de predileção daqueles homens. E foi assim, começando pelos poetas gregos que o doutor dos gentios conduziu seus ouvintes a mensagem de arrependimento. Quando Paulo mencionou a ressurreição, muitos se escandalizaram e se foram, mas Dionísio e alguns dos presentes se converteram ao cristianismo. Paulo foi sábio porque soube usar a cultura em seu benefício, construindo uma ponte por meio da qual introduziu o evangelho.

O diálogo de Jesus com a mulher samaritana, em João capítulo 4, também é fundamental para nosso entendimento acerca da contextualização. Nele, Jesus aborda o tema da salvação usando um dos elementos que fazia parte do cotidiano daquela mulher, a água. Ele era judeu, ela uma samaritana, e havia uma grande rivalidade entre ambos os grupos, mas Jesus iniciou seu diálogo a partir de um ponto em comum: o poço de Jacó (que era historicamente importante para judeus e samaritanos), e a sede existencial que todo ser humano tem. Assim, Jesus conseguiu apresentar o evangelho a mulher de forma eficaz, e ainda foi introduzido por ela a aldeia dos samaritanos.

Em todas as culturas existem determinados elementos que são comuns, e que devem ser explorados pela igreja em sua tarefa missionária. Uma igreja que deseja ser relevante deve estudar o grupo que deseja alcançar e, a partir desta analise, definir o tom da palestra, o estilo litúrgico, os ritmos musicais, a decoração do ambiente e definir as estratégias que facilitarão o diálogo com as pessoas que ela deseja alcançar. Se a igreja for “poli” ou “multicultural”, é bom que ela tenha programas específicos e ministros auxiliares que atuem como missionários para cada grupo alcançado (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, estudantes, universitários, profissionais, undergrounds, etc.). Não pode, porém, permitir que a abordagem ocasione divisão ideológica ou partidarismos, pois a igreja é um misto de povos, línguas, etnias, todos em torno de uma só verdade.

Por ultimo, deve-se sempre lembrar que na contextualização o que varia é a apresentação, e não o conteúdo. O missionário é aquele que apresenta a mesma verdade de diferentes modos à diferentes culturas, e não aquele que apresenta verdades diferentes a cada cultura. Os métodos podem variar, mas o conteúdo é sempre o mesmo.

Quando os valores culturais conflitam com o evangelho: Uma abordagem missiológica da cultura da América Ibero-hispana

Um vídeo divulgado pela JOCUM mostra crianças portadoras de deficiências sendo enterradas vivas pelos pais em uma aldeia indígena. Para os índios daquela tribo, tal prática é aceitável. Para os antropólogos, trata-se de uma questão cultural. Para o evangelho, aquilo é assassinato.
No Brasil, ainda existe uma forte tendência machista, que despreza o trabalho feminino. Mulheres que trabalham ganham menos, mesmo que exerçam a mesma função. Para grande parte dos homens brasileiros, isso é um valor cultural, mas para o evangelho, isto é acepção, por tanto, pecado.

Na América Hispana a mesma tendência cultural existe, sendo mais forte em algumas regiões. Demonstrações de afeto dos pais para com os filhos são tidas como fraqueza, e muitos maridos, por “imposição cultural”, maltratam suas mulheres e são violentos. Para a sociedade isso é cultura, mas para o evangelho, é pecado.

Nos EUA e na Europa, as pessoas tem desenvolvido uma tendência materialista e cética, onde o individualismo e o egoísmo são as marcas principais. O mesmo tem acontecido na América Latina, embora com menor intensidade. Este individualismo, egoísmo e ceticismo são todos nuances da cultura pós-moderna, mas são totalmente opostos ao evangelho, que é espiritual, coletivo e altruísta. O que os modernos sociólogos chamam de cultura, a bíblia chama de pecado.

Assim, podemos concluir que a abordagem comum que se faz da missiologia, que diz que o missionário deve coincidir totalmente com a cultura é sofisma. O evangelho não é uma esponja que simplesmente absorve a cultura, mas um poder que redime as culturas. A Palavra de Deus nos dá claro e amplo entendimento para discernir entre valores culturais e vícios morais. Quando se ignora isso, abrem-se as portas para o sincretistimo e paganizarão da religião cristã.

O princípio redentor da cultura na bíblia sagrada: Como o evangelho desafia os pressupostos culturais

Na bíblia vemos diversos exemplos que nos possibilitam vislumbrar os limites entre cultura e pecado. Talvez o primeiro deles seja a recomendação do Senhor ao seu povo, quando eles entram na Terra Prometida, de que eles não deviam seguir os caminhos das nações. Obviamente, muitas daquelas noções religiosas cananéias eram parte de uma cultura, mas elas não deviam ser absorvidas pelos hebreus.

Embora usado pelos missiólogos como paradigma de missionário transcultural, o estadista Daniel, juntamente com seus amigos, se recusou a comer dos manjares do Rei, e também não tomou do seu vinho, que era consagrado a ídolos. Eles estavam submersos na cultura babilônica, mas sabiam separar pressupostos culturais, conceitos morais e crenças religiosas.

Jesus em sua encarnação foi judeu em todo aspecto da existência. No entanto, o fato dele mesmo ser judeu e de estar contextualizando com os judeus não o impediu de denunciar a hipocrisia dos fariseus que lavavam as mãos cerimonialmente antes de comer, quando seus corações continuavam impuros. Ele também se levantou contra o costume de consagrar seus bens ao Senhor quando parentes próximos passavam necessidade. Jesus foi missionário transcultural, mas não se submeteu incondicionalmente a cultura hebréia. Ele a redimiu.

Tudo isso nos revela que o evangelho não é apenas um agente passivo e submisso à cultura, mas um agente transformador.

“O evangelho se submete à cultura na mesma proporção em que a cultura se submete ao evangelho, e desafia a cultura com a mesma intensidade que a cultura afronta a Palavra de Deus”


Conclusão

O tema deste estudo é na verdade uma incógnita no coração de muitos missionários urbanos e transculturais: “Como pregar o evangelho em um ambiente multicultural?”. Entendemos que a primeira coisa que o missionário deve fazer é encontrar a divisa entre a valorização da cultura e a absorção de valores opostos ao evangelho, posicionando-se de modo que lhe possibilite comunicar a mensagem de forma contextual e engajada, ao mesmo tempo em que resguarda os pressupostos absolutos contidos nas Escrituras.
Para isso ele deve usar a cultura a seu favor, rejeitando aqueles valores que, embora tidos por tendências culturais e modernas, se opõem ao evangelho. Ele deve dialogar com a cultura e usá-la como ferramenta pedagógica, mas não pode jamais endeusá-la, sobrepondo-a ao evangelho de Cristo. Por último, deve entender que o evangelho não é apenas um agente passivo e submisso à cultura, mas um agente transformador que muitas vezes se revela como principio contracultural, desafiando o status quo e redimindo a cultura ao nosso redor.
Questionário para discussão:

1. Quais as diferenças entre fundamentalismo missiológico, liberalismo missiológico e evangelismo missional? Onde podemos encontrar exemplos em nossa cultura?
2. O que significa contextualização? Apresente exemplos bíblicos de contextualização do evangelho.
3. Que estratégias sua igreja pode desenvolver para pregar o evangelho de um modo mais contextualizado?
4. O que pode acontecer com o missionário, quando ele não compreende que todas as culturas estão manchadas pelo pecado?
5. Apresente exemplos de tendências culturais que, embora em voga no mundo, não devem ser assimilados pelo evangelho.
6. Que comportamentos culturais da sua cidade o evangelho precisa redimir? Que comportamentos culturais na sua igreja não estão de acordo com o evangelho?
7. Apresente exemplos bíblicos de pessoas que rejeitaram ou mesmo se opuseram a valores culturais do seu tempo.
8. Como este estudo te ajudará a pregar o evangelho em um ambiente policultural e pós-moderno?

***
Leonardo Gonçalves é missionário no Peru e editor do Púlpito Cristão. Seminário ministrado na Iglesia Bautista Misionera, 16/10/2010

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