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8 de abril de 2010

Mais um Caso de Pedofilia envolve a Igreja Católica!



Por Renato Jr.
Menos de um mês após denúncias que resultaram no afastamento de dois padres e dois monsenhores, um novo caso de pedofilia envolvendo autoridade religiosa veio à tona no agreste de Alagoas. Nesta quinta-feira (8), o MPF (Ministério Público Federal) denunciou um padre alemão do município de Craíbas, a 160 km de Maceió, por pedofilia na internet.
Segundo informações do Site Uol, o padre Benedikt Lennartz, 41, vem sendo investigado desde 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Turko, que cumpriu mandados de busca e apreensão, no dia 18 de maio daquele ano, em 20 Estados e no Distrito Federal.
As investigações do padre alemão tiveram início após a PF receber uma denúncia de que imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes estavam sendo publicadas no site de relacionamento Orkut. Com o perfil do usuário definido, a PF começou a rastrear os passos virtuais do suspeito.
Segundo a PF, o padre utilizaria um perfil como se fosse um adolescente de 14 anos em busca de garotos. As investigações apontaram que o endereço de onde era acessado o perfil na internet era sempre o da casa do pároco. Na casa, foi apreendido o computador pessoal do padre com cerca de 1.300 fotos com cenas de sexo explícito ou pornografia com jovens – a maioria de crianças e adolescentes do sexo masculino.
As investigações apontaram também que ele navegava em pelo menos 10 sites de pornografia infantil estrangeiros. Em um deles, ele teria uma conta paga para manter acesso frequente. Para o procurador da República Samir Cabus Nachef Junior, autor da denúncia contra o padre, “está clara a internacionalidade da conduta delituosa”. O caso será analisado pela 8ª Vara Federal de Arapiraca.
Se condenado, o padre pode pegar até quatro anos de reclusão, além de pagar multa, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. O crime de pedofilia pela internet também é previsto em convenção internacional.
Denúncias em Alagoas
Esse é o segundo caso de denúncia de pedofilia envolvendo padres em Alagoas. No mês passado, dois monsenhores e dois padres foram afastados pela Igreja Católica por suspeita de abuso sexual contra ex-coroinhas (crianças e adolescentes) no município de Arapiraca, a 140 km de Maceió. Coincidentemente, a cidade fica a 20 km de Craíbas, onde o padre alemão morava.
Nesta terça-feira (5), em nota oficial, a Diocese de Penedo se disse “triste e humilhada” com as denúncias de pedofilia e anunciou que a “suspensão total das ordens sagradas” do monsenhor Luiz Barbosa, flagrado em vídeo praticando sexo com um jovem. Outros três párocos foram afastados preventivamente e respondem a processos canônicos. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, do Senado Federal, vai até Arapiraca para ouvir os depoimentos dos padres acusados, vítimas e delegadas que investigam o caso.

***
Até quando o Vaticano vai ficar calado diante de tantos absurdos. À falta de outros argumentos para acabar com o absurdo do celibato, o rosário de escândalos de pedofilia deveria ser suficiente para que o Vaticano se decidisse a assinar o decreto.  Se é verdade que o celibato está longe de ser causa única  na relação entre sacerdócio e pedofilia, custa perceber que  tanta sapiência iluminada falhe em perceber esta coisa prosaica: a repressão sexual de adultos investidos de uma especial autoridade moral - reconhecida junto das comunidades de fé -  é um perverso "facilitador" do abuso de menores.
Podemos tentar compreender que a igreja queira manter as suas concepções de pureza, que queira consubstanciar a dedicação ao evangelho na capacidade de renúncia. Mas ultrapassa o admissível que o papado finja não perceber que a celebração da "pureza" dos celibatários se tem feito à custa de demasiadas "vítimas civis", que finja não perceber que quando a renúncia encontra os seus limites  tende a escapar-lhes sob a forma de perfídia. As vítimas de pedofilia são um recorrente  memorando do alto preço a ser pago pelo capricho do celibato.

É evidente que não se pode generalizar, entretanto, partindo da premissa de que vários casos denunciados são acobertados e raramente chegam ao conhecimento público, não é difícil inferir que podem estar ocorrendo fatos como estes muito próximos da gente.
A falta de transparência e ações enérgicas para combate a esses problemas, é campo fecundo para a existência de dúvidas.
Vamos ver aonde tudo isso vai dar.

Soli Deo Gloria!
Renato Jr.

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Não julgueis para que não sejais julgados. Como é isso?

Julgando os críticos ou criticando os juízes?

O conselho de Gamaliel e o pensamento Cristão

Nele,

Renato Jr.

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