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11 de novembro de 2010

Não também é resposta… Impondo limites aos filhos!

 

Por Renato Jr.

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Totalmente clichê, porém verossímil em milhões de lares mundo agora, a cena da criança berrando, chorando e esperneando no chão do shopping ou do supermercado diante da recusa dos pais em comprar um brinquedo causa arrepios (e olhares de crítica) em casais que ainda não têm filhos. Muitos imaginam que, se fossem os pais do garotinho, jamais deixariam tal espetáculo acontecer. Quando se veem como protagonistas da história, entretanto, agem da mesma forma – com vergonha, irritação e até mesmo apatia, já que não sabem o que fazer.

Impor limites é o segredo. Mas quando e como fazer isso? Segundo o pediatra Yechiel Moises Chencinski, de São Paulo, desde o berço. “Quantas vezes deixamos para pagar aquela conta que já recebemos há pelo menos 15 dias quase na hora de fechar o banco? Quantas vezes já ficamos sem pagar essa conta porque aconteceram imprevistos? Temos o hábito de esperar os problemas acontecerem para depois tentar solucioná-los e lidar com os prejuízos. Isso também acontece na educação e nos cuidados com nossos filhos.”

Esperamos que eles adquiram hábitos e rotinas que não são saudáveis ou socialmente aceitos e depois queremos, rapidamente e bruscamente, que eles entendam que existem limites.

Se dedicássemos um tempo maior - ou pelo menos o mesmo tempo, mas de forma mais eficiente - na atenção e na educação das crianças, certamente não teríamos que impor limites. A educação de nossos filhos deve ter início na nossa educação. Precisamos definir nossos objetivos e metas e estarmos seguros deles para que possamos transmitir essa informação de forma clara e simples. Isso vale para conceitos como birras, sono, alimentação, broncas e afins.

Existe uma corrente de pensadores liberais que acredita sinceramente que a melhor maneira de educar um filho é sempre dizendo Sim, nunca contrariando, muito menos corrigindo com palmadas.

Profissionais da área Psico-Social, durante as duas últimas décadas vem tentando fazer os pais acreditarem, que o limite dado aos filhos torna-se uma barreira ainda maior dificultando o relacionamento e provocando distanciamento familiar.

Pior que isso, estão tentando fazer os pais acreditarem, que a vida e a consciência dos filhos será o árbitro que vai estabelecer a linha divisória, entre o permitido e o proibido, entre o direito e o dever.

Após muitos anos de tentativa o que se percebe é que “o tiro saiu pela culatra”. Nunca houve uma geração tão desobediente, e ao mesmo tempo tão insegura. Nunca foram, registrados tantos suicídios. Em tempo algum os asilos e orfanatos estiveram tão cheios de pessoas abandonadas pelas famílias. Jamais na história, foi registrada, uma crise depressiva em massa tão assustadora.

O livro do escritor Içami Tiba, Quem Ama educa, começa a revelar uma outra face da educação.

Como se o Sim fosse estar presente em tudo na vida de nossos filhos, vamos concordando com eles nas suas decisões. O problema é que quando eles chegam nas ruas a Lei passa a valer para todos. Nos jardins espalhados pela cidade está escrito: “NÃO PISE NA GRAMA”. Nos restaurantes e outros lugares Públicos está escrito “É PROÍBIDO FUMAR’’. No Sinal de Trânsito ainda podemos ver a luz Vermelha (Pare). Ainda existem, pais bravos que preservam a integridade física de suas filhas. Convivemos com pessoas o dia todo, que hoje mais do que nunca, estão dispostas a lutar por seus Direitos. Se eu me lembrar que meu direito termina onde inicia o do outro, perceberei logo que isso é um “GRANDE NÃO”.

Um fato curioso é que quando olho para “OS DEZ MANDAMENTOS”, encontro “DOIS SIM’’ e “OITO NÃOS”. Será que olhando para um passado distante não percebemos que o motivo da destruição de muitos povos foi justamente a falta de NÃO?

Noé disse NÃO ao pecado e salvou a sua família no episódio do Dilúvio (Repreensão dada por Deus a uma geração corrupta que não aceitava NÃO como limites).

Ló perdeu tudo o que possuía, inclusive esposa porque habitava no meio de um povo que “topava tudo”. Sodoma e Gomorra foram destruídas com chuva de pedras e fogo, porque lá os homens não aceitavamNÃO como resposta.

Com toda certeza louvo a Deus pela vida de meus pais. Muito mais hoje quando me lembro, que muitosNÃO que resolvi obedecer me pouparam muitos sofrimentos.

Foi com dor na carne que aprendi essa frase tão significativa: “NÃO TAMBÉM É RESPOSTA”.

Renato Jr. - Blogueiro, articulista, teólogo em formação.

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Não julgueis para que não sejais julgados. Como é isso?

Julgando os críticos ou criticando os juízes?

O conselho de Gamaliel e o pensamento Cristão

Nele,

Renato Jr.

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