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7 de dezembro de 2010

Vivendo na Perspectiva de Deus

 

Sermão Expositivo, elaborado e apresentado como parte da Faculade de Teologia do SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO TRIANGULO MINEIRO.

Por Renato Anesio da Costa Junior

Sermão Expositivo

INTRODUÇÃO

Poucos negariam que a Epístola aos Filipenses é a mais linda de todas as cartas de Paulo. Nela, muitas características da personalidade de Paulo são reveladas: coragem, humildade, serenidade e independência. Esta carta reflete a intimidade e confiança mútua que existia entre a igreja e seu fundador. Tal confiança aparece na prontidão de Paulo para aceitar auxílio material dos filipenses e ainda sentir-se livre de qualquer insinuação de cobiça. Paulo era mais achegado a esta igreja do que a qualquer outra. A Epístola aos Filipenses, por causa dos laços entre a igreja e Paulo, refletidos no teor, foi chamada "A Epístola da Alegria". Alegria é a nota dominante na carta.

A humildade de Paulo fica manifesta no presente texto ao se referir aos problemas graves que enfrentou de forma genérica e superficial - as coisas pelas quais passei. Um olhar desatento pode imaginar que os problemas e aflições de Paulo sejam insignificantes. Entretanto, é importante lembrar que as dificuldades vividas pelo apóstolo foram intensas e graves, representando sério risco de morte e destruição do ponto de vista humano.

PROPOSIÇÃO

Viva a perspectiva de Deus. Porque os planos de Deus são melhores que os seus planos.

INTERROGATIVA

Como viver a perspectiva de Deus em meio a lutas?

SENTENÇA DE TRANSIÇÃO

Neste texto encontramos Paulo alegre mesmo estando preso. Porque nada abala Paulo, nem a prisão, nem o sofrimento, nem as dificuldades, nem os pregadores que se opunham a ele. Iremos aprender com Paulo e aplicar os princípios aqui ensinados nas nossas vidas.

I. OLHANDO PARA O PASSADO COM DISCERNIMENTO (1.12)

1. Paulo não se concentra no seu sofrimento com autopiedade

2. Paulo faz uma leitura do passado pela ótica da soberania de Deus

Paulo havia passado por muitas lutas até chegar a Roma. Ele foi perseguido, açoitado e preso, mas em momento algum perdeu de vista a direção soberana de Deus em todos esses acontecimentos. Ele não considerou seus sofrimentos como fruto do acaso. Ele não acreditava em casualidade. Paulo não acreditava em determinismo. Ele sabia que a mão soberana da providência guiava o seu destino e que seus sofrimentos estavam incluídos nos planos do Eterno para o cumprimento de propósitos mais elevados.

3. Paulo olha para o passado e vê um propósito divino em tudo que lhe aconteceu

4. Paulo olha para o seu sofrimento como a abertura de novos caminhos para o evangelho (1.12)

William Barclay diz que a palavra que Paulo usa para o “progresso do evangelho” é muito expressiva, prokope. Este termo se usa particularmente para designar o avanço de um exército ou uma expedição. O substantivo provém do verbo prokoptein que significa “derrubar de antemão” e se aplica ao corte de árvores e a toda remoção de impedimentos que obstaculizavam a marcha do exército.

Charles Haddon Spurgeon é o mais conhecido pregador do século XIX. Poucos, porém, conhecem a história de sua esposa, Susannah. Quando ainda eram recém-casados, a Sra Spurgeon desenvolveu uma enfermidade crônica e, ao que tudo indicava, seu único ministério seria o de encorajar o marido e orar por seu trabalho. Mas Deus colocou em seu coração o desejo de compartilhar os livros de seu marido com pastores que não tinham recursos para comprar esse material. Em pouco tempo, tal desejo levou à criação do Fundo para Livros. Essa obra de fé equipou milhares de pastores com instrumentos importantes para seu trabalho. Mesmo sem poder sair de casa, a Sra Spurgeon supervisionou pessoalmente todo esse ministério pioneiro.

II. OLHANDO PARA O PRESENTE COM ALEGRIA (1.13-18)

1. Paulo viu sua prisão como a abertura de novas frentes de evangelização (1.13)

2. Paulo viveu de tal modo a estimular outros irmãos a falar com mais desassombro a Palavra de Deus (1.14,16)

3. Paulo não azedou o coração por causa da competição de seus críticos (1.15,17,18)

Paulo faz uma transição de suas “cadeias” (1.12-14), para seus “críticos” (1.15-18). Paulo precisa comentar, tristemente, que nem todos estão motivados pelas melhores intenções. Paulo não condena a substância da pregação de seus críticos.

4. Paulo em vez de defender a si mesmo Paulo, defendeu o evangelho (1.16)

Paulo foi um vigoroso apologeta. Ele não só pregou a verdade, mas denunciou e desmascarou a mentira. Ele não só anunciou o evangelho, mas desbaratou as heresias. Ele não só ergueu a bandeira de Cristo, mas combateu com tenacidade toda sorte de falsos ensinos que tentavam perverter o cristianismo. Paulo enfrentou os judaízes legalistas, os místicos gnósticos e os ascetas (Cl 2.8-23). Hoje, muitos falsos mestres se levantam disseminando sua heresia: o liberalismo e o misticismo pragmático são heresias que ainda atacam fortemente a igreja contemporânea. Velhas heresias como novas caras têm surgido como o Teísmo aberto.

5. Paulo aproveitou a prisão para escrever cartas que se tornaram imortais

Certamente a coisa que mais contribuiu para o progresso do evangelho foram estas cartas que Paulo escreveu da prisão (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon). Estas cartas ainda são luzeiros a brilhar. Elas têm sido instrumento para levar milhões de pessoas a Cristo e edificar o povo de Deus ao longo dos séculos.

CONCLUSÃO

1. Antes de começar a lamentar, procure ver as coisas na perspectiva de Deus.

2. Olhe para o passado e veja que tudo o que já lhe sucedeu, tinham as mãos de Deus, e tudo tinha um propósito.

3. Lembre-se a glória não é sua! O mais importante não é o pregador e sim o evangelho!

4. Seja forte, muitos são motivados se espelhando em você.

5. Seja um apologista, defenda a bíblia e sua pregação correta, mais se alguns pregão a Cristo, por inveja, ou outras motivações, não seja se entristeça, mais se alegre pelo evangelho.

6. Mesmo preso Paulo escreveu grandes cartas. Os frutos da prisão podem trazer vida.

 

Autor: Renato Anesio da Costa Junior

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Não julgueis para que não sejais julgados. Como é isso?

Julgando os críticos ou criticando os juízes?

O conselho de Gamaliel e o pensamento Cristão

Nele,

Renato Jr.

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